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Conduzir um processo demissional é uma tarefa delicada e muito importante para manter a integridade tanto da empresa quanto do colaborador que está sendo desligado. É um momento que demanda sensibilidade, ética e profissionalismo para garantir que todas as partes envolvidas enfrentem essa transição da melhor maneira possível.
Por isso, separamos algumas dicas que podem te ajudar:
1. Comunicação clara e concisa
O primeiro passo para conduzir um processo demissional é comunicar de forma clara e concisa os motivos que levaram à decisão. É essencial que o colaborador compreenda a situação em sua totalidade e tenha a oportunidade de fazer perguntas e esclarecer dúvidas. A transparência nesse momento é fundamental para estabelecer confiança e respeito mútuo.
Outro ponto importante, é se preocupar em fazer uma avaliação de desempenho periodicamente com toda a equipe. Dessa forma, o colaborador não será pego de surpresa caso seja desligado pois, durante essas reuniões, algumas falhas já terão sido apontadas.
Veja também: Avaliação de desempenho
2. Mantenha a privacidade
A demissão é um assunto sensível e deve ser tratada com a devida privacidade. A divulgação da demissão deve ser restrita às partes envolvidas e só deve ser compartilhada com outros departamentos ou equipes quando estritamente necessário. Respeitar a privacidade do colaborador demitido é uma demonstração de consideração e profissionalismo.
3. Ofereça suporte e recursos de transição
Além de oferecer apoio emocional, é importante fornecer recursos de transição ao colaborador demitido. Isso pode incluir orientações sobre como solicitar o seguro-desemprego, assistência para atualização de currículo e até mesmo referências profissionais que possam auxiliar na busca por novas oportunidades de emprego.
Esse é o pilar central e o grande diferencial do que chamamos de demissão humanizada.
4. Realização de entrevista demissional
A entrevista demissional é uma ferramenta valiosa e muitas vezes subutilizada. Ela oferece a oportunidade de identificar possíveis falhas nos processos, lacunas na comunicação e até mesmo conflitos dentro das equipes. Ao conduzir essa entrevista, é possível obter insights importantes que podem contribuir para melhorias futuras na gestão de pessoas e nas práticas organizacionais.
Como fazer a entrevista demissional?
- Estabeleça uma atmosfera acolhedora: Inicie a entrevista demonstrando empatia e compreensão em relação à situação do colaborador. Mostre-se aberto e receptivo para ouvir suas experiências e perspectivas.
- Faça perguntas abertas e direcionadas: Formule perguntas que incentivem o colaborador a compartilhar suas opiniões, preocupações e sugestões. Evite questionamentos que possam parecer acusatórios ou intimidadores.
- Escute atentamente: Esteja presente e atento às respostas do colaborador, demonstrando interesse genuíno em compreender suas percepções e experiências. Também é importante permitir que o colaborador fale livremente, sem interrupções.
- Analise os feedbacks: Tome notas durante a entrevista para registrar as principais informações, comentários e sugestões do colaborador. Logo após, avalie as informações e identifique padrões, tendências e áreas de melhoria que possam ser exploradas.
- Implemente mudanças: Utilize os insights obtidos na entrevista para promover mudanças positivas nos processos, políticas e práticas organizacionais, visando evitar situações similares no futuro e melhorar o ambiente de trabalho como um todo.
- Ofereça retorno ao colaborador: Caso seja apropriado, forneça um retorno construtivo ao colaborador sobre as questões discutidas durante a entrevista e as medidas que serão tomadas para abordar suas preocupações.
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5. Mantenha documentação detalhada
Para proteger tanto a empresa quanto o colaborador, é essencial manter registros detalhados de todas as conversas e decisões relacionadas à demissão. Essa documentação pode ser útil em caso de disputas legais ou questionamentos futuros.
Processo demissional remoto – tem muita diferença?
Não, todas as dicas anteriores podem e devem ser aplicadas no processo demissional, em qualquer modelo de trabalho.
No entanto, há algumas particularidades a serem seguidas, como marcar uma videochamada para uma conversa. Mandar somente um e-mail informando esse desligamento é pouco empático e pode demonstrar desdém com o colaborador. O contato “olho no olho”, mesmo que de forma remota, é muito importante.
Também pode ser interessante gravar a chamada como medida de segurança para ambas as partes.
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