Ao analisar um currículo, a alta rotatividade pode imediatamente acender um sinal de alerta. Afinal, um profissional que muda de emprego com frequência pode parecer instável. Mas será que essa preocupação é sempre válida? Vamos explorar quando a alta rotatividade pode ser um problema e como é importante analisar o contexto por trás dessas mudanças.
O que a alta rotatividade pode indicar?
À primeira vista, um histórico de mudanças frequentes de emprego pode levantar questionamentos sobre a estabilidade do candidato. Recrutadores e gestores podem se preocupar com sinais de falta de comprometimento ou dificuldade em manter-se em um cargo. Essa análise inicial pode levar à desclassificação de candidatos na fase de triagem dos currículos. No entanto, essa visão inicial pode não refletir a realidade completa do candidato e suas verdadeiras capacidades.
O contexto importa
Antes de decidir, com base apenas na quantidade de empregos anteriores, é indicado investigar o contexto por trás dessas mudanças. Perguntas como “Por que você decidiu sair do seu emprego anterior?” e “O que você estava buscando ao mudar de emprego?” podem fornecer uma visão mais clara das motivações do candidato. Em muitos casos, a alta rotatividade pode ser compreensível e até positiva. Aqui estão alguns exemplos:
1 – Busca por crescimento e desenvolvimento: A mudança de emprego pode ser uma estratégia para adquirir novas habilidades e experiências que não eram possíveis em posições anteriores. Investigue com cuidado e busque entender os dois lados.
2 – Ajuste de carreira: Mudanças de curto prazo podem indicar que o candidato pode estar ajustando sua trajetória para alinhar suas habilidades e objetivos de carreira.
3 – Perspectivas diversificadas: A experiência em diferentes culturas organizacionais e práticas de mercado pode enriquecer o candidato. Essa diversidade de experiências pode oferecer uma visão mais ampla e soluções criativas para desafios comuns, beneficiando a empresa ao introduzir novas práticas e perspectivas.
4 – Rede de contatos ampla: Profissionais com um histórico mais variado de empresas, frequentemente desenvolvem uma rede de contatos extensa. Uma rede bem estabelecida pode ser benéfica para a organização, ajudando a criar parcerias e colaborações estratégicas.
Foco em competências e comportamentos
Além de avaliar a estabilidade de emprego, e manter o foco unicamente neste ponto, é fundamental considerar as competências e atitudes do candidato. Ferramentas de avaliação comportamental, testes e entrevistas por competências podem ajudar a identificar se o candidato possui as habilidades e o fit cultural necessários para se destacar na sua organização. Essas avaliações proporcionam uma visão mais completa do potencial do candidato, indo além do que está refletido no currículo.
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A alta rotatividade no currículo não deve ser o único critério para avaliar um candidato. É importante entender o contexto das mudanças e considerar a experiência diversificada como um possível ativo. Candidatos com um histórico de mudanças podem trazer boas habilidades e uma nova perspectiva para a empresa, revelando talentos que poderiam ser descartados com uma análise superficial.
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